Lília Catarina




Porto, 1976
Licenciatura em Escultura pela FBAUP,
em 2000 Frequenta o Mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas na UP

Exposições Individuais:
2003 Mamute, medusas e outros animais - Praia da Luz ;
2002 Instalação luminosa - Meia Cave ;
2000 3 Banhos - Quarto da Maria - project room – Edifício Artes em Partes

Exposições / Participações Colectivas:
2007 Escudo - “PACK” Mestrandos em Práticas Artísticas Contemporâneas da
FBAUP - Reitoria da U. Porto;
2006 Cães - Projecto REDline - Behind the Borders - Imerge;
2002 Máquinas Chinesas - Maus Hábitos;
2000 3 Banhos e Pés - Museu da Faculdade de Belas Artes do Porto; 1998 Retrato para(z)óico - 1º evento - Sentidos Grátis.

No âmbito do Concurso Internacional de Arquitectura para a reabilitação urbanística da Piazza Garibaldi, em Cantù, Itália, realizou a convite dos Arquitectos vencedores - Cremascoli, Okumura, Rodrigues, uma Escultura-Fonte para a referida Praça, entre 2005 e 2007.

Sobre o trabalho de Lília Catarina

A existência humana é percorrida por questões recorrentes. Umas pertinentes outras nem tanto.
Será que alguma vez a definição desses interesses ou prioridades pertenceu aos políticos, aos intelectuais, aos cientistas ou ao povo que trabalha e sobrevive com todas as limitações que definem a própria humanidade?
Reafirmemos a memória e o espaço sensível da nossa particular existência. Não será a nossa realidade definida através da percentagem ou permilagem estatística assustadora e patética, em detrimento dos iluminados e célebres anónimos, por imbecis famosos ?
Quem define realmente a mentalidade humana? Em que escala científica ou que outro valor pertinente pode quantificar o segredo da vida humana ou a singularidade da sua existência? Qual o período de tempo que permite a verificação das diferenças e mentalidades dos povos de forma mesurada e quantificada? Podemos e teremos de falar de pessoas que trabalham e operam de forma particular e intima nesta realidade.
Lília Catarina desenvolve o seu trabalho devagar, sem pressas e de forma metódica, de modo quase orgânico em osmose com o seu universo intímo e de
autoestruturação. As memórias e os registos pessoais vão-se enrolando na teia. As peças que produz são repositório de aprendizagens cognitivas e sensoriais.

João Baeta, 2008