Graça traz-nos de Deserto desertos:
No deserto
O homem jamais chega ao fim
É preciso que ande sempre
Em busca de uma fonte ou de uma sombra
Se não, morre.
O sentido
Não é jamais uma coisa
Ou um ser
E se é
É só pelo tempo de uma miragem
De uma veleidade de sentido.
O sentido
Faz o elo
Entre as coisas e os seres
E o que faz o elo
O deserto dos seres e das coisas
No-lo ensina em sua tão grande viva luz
É o vácuo
Sem este vácuo
Não haveria lugar para nada
E nada para reunir
Os seres e as coisas
Sem o vácuo: Nada
Poemas do deserto
de
Jean-Yves Leloup
em
"deserto desertos"